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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Minha mãe


Não. Minha possessividade não se restringe ao meu pai ou a um ou outro amigo. Minha mãe é - e admito sem pestanejar - a pessoa de quem mais tenho ciúmes. Mas ciúme não é o tema central desse texto, portanto, voltemos ao foco óbvio previamente determinado: Minha mãe.

É Maio e eu tenho mãe, daí fica aquela obrigação implícita de fazer algo a respeito. Mas, pra mim, longe de ser obrigação, escrever algo pra homenagear minha mãe é até uma boa oportunidade de deixar claro o que não consigo exprimir em palavras faladas. Como para meu pai, isso de dizer tudo o que sente e frequentemente não é lá muito confortável pra mim. Então, que seja como tiver de ser. Eu a amo e ela sabe bem disso, porque não falo, mas meus beijos, abraços e brincadeiras, meus princípios e minha disciplina (ainda que meio maleável) dizem tudo.

Não fiz o texto no dia 13 porque, como é sabido, não costumo me identificar com o hábito geral. O que todos fazem - ao mesmo tempo e da mesma maneira - não me atrai. Ao contrário, me repele. Por isso, deixei para fazer essa homenagem quando todo mundo já deu os presentes, já bombardeou as redes sociais com fotos e mensagens de carinho para suas mães. Quando todo mundo já fez seu papel como máquinas de consumo alimentadas pelo feriado comercial e encerrou o marketing periódico do seu amor. Não preciso de um feriado pra lembrar o quanto minha mãe é importante ou o quanto ela já fez e ainda fará por mim.

É preciso, de fato, uma boa dose de paciência pra me esperar superar a preguiça de falar pela primeira vez, pra aturar minhas birras de frustração no shopping ou no supermercado e, nos próximos anos da vida, apoiar as decisões, lamentar enganos, brigar e aconselhar. Uma boa dose de paciência e outra infinita de amor. Amor infinito só pode ser o materno. E o meu por ela. 

Então, minha mãe, espero que eu possa ser pelo resto da vida uma extensão das suas melhores qualidades e - por que não? - de alguns defeitos também. Porque é com eles que a gente aprende mais. Com você, aprendi a buscar ser o melhor que eu puder ser, a não passar por cima de ninguém, a respeitar em troca do mesmo respeito e a não fazer distinção nenhuma entre as pessoas. 

Obrigada por não desistir de mim e por me fazer sentir tão segura. O meu presente pra ti é o mesmo que de ti recebi há muito tempo: a certeza de que, na tua queda ou no teu voo, eu vou estar sempre ao lado. 


P.S: Sei o quanto você está reclamando da foto, que o cabelo ficou assim ou assado, mas... é minha pequena e sórdida vingança! HAHAHAHA! Vou mostrar pra todo mundo essa foto! Ah, vai, nem tá ruim. Beijo, minha mãe! Mereço surpresas da cacau show por essa homenagem, hein...